Samurai



Akira Kurosawa, Ran (desenhos), 1985

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10 comentários:

  1. O bailado da espada!
    É incrível como se assemelham a cavaleiros medievais, só que aqui não têm o cavalo!
    Trouxe uma atmosfera bela e incompreensível para mim.

    Obrigada pelos desenhos não conhecia. Vi o filme quando estreou no nosso país.

    Bela homenagem.

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  2. Vou tentar sintetizar o que pensei, ao ver este seu magnífico post:
    1. O que nós perdemos de "know-how"!..., pelo nosso atávico desleixo latino.
    2. A extrema gentileza toca sempre a pulsão ou os limites da extrema violência: é um pequeno passo que as separa.
    3. Eugénio de Andrade dizia: "não se escolhe, é-se escolhido."
    E,aí, noutro registo (mais "malandreco"), diria meu caro "c. a." que há, em si, algum Marte astrológico.
    Muito obrigado pelo seu post.

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  3. Para Ana:
    Lembra-se do primeiro «Indiana Jones» e daquela lendária cena em que ele enfrenta um brutamontes egípcio, dá conta que perdeu o famoso chicote, pensa que está tudo perdido, e depois se lembra que tem um revólver? Foi desta cena que me lembrei quando vi este documentário. Ou seja, ocorreu-me a seguinte pergunta: que justificação poderá existir para, no final do séc. XX (o documentário é dos anos 80), num país que está na vanguarda da tecnologia, alguém dedicar a vida a uma «arte de matar» que a tecnologia tornou absolutamente obsoleta? Julgo que para esta pergunta existe apenas uma resposta: o que verdadeiramente interessa ao praticante da arte não é o resultado, mas antes o caminho... Ao contrário de nós, europeus/ ocidentais, os japoneses conhecem bem a diferença entre estas duas maneiras de abordar a vida. E talvez assim se compreenda melhor por que razão os ideiais da cavalaria europeia não foram capazes de resistir à revolução industrial...
    E agora sou eu quem pede desculpa por esta resposta que nunca mais acaba... :-))

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  4. Para APS: Touché! :-)))
    E muito obrigado...

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  5. c.a.,
    O seu comentário é excelente! Lembro-me dessa cena muito bem.
    Não sei verbalizar tão bem quanto APS que com o segundo ponto disse tudo o que este documentário me fez sentir: o nobre povo japonês é tão elegante e ao mesmo tempo tão prático....A arte da defesa, sem matar, extemporânea para eles e para os ocidentais que aprendem a arte...
    ...e ainda no seu argumento: "Julgo que para esta pergunta existe apenas uma resposta: o que verdadeiramente interessa ao praticante da arte não é o resultado, mas antes o caminho... Ao contrário de nós, europeus/ ocidentais, os japoneses conhecem bem a diferença entre estas duas maneiras de abordar a vida".
    Obrigada por me fazer reflectir e encontrar a beleza! :)

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  6. Por favor onde está extemporâneo deve substituir-se por oportuno.

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  7. Eu não sou apreciadora dos filmes de Kurosawa. Paciência, não somos perfeitos.
    Não sabia que ele desenhava (vi ontem no Prosimetron), mas gostei particularmente do segundo desenho que colocou.

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  8. Julgo que o Kurosawa era, de raíz, um pintor, e essa particularidade é visível na forma como filma. Li, algures, que fazia detalhadas aguarelas e desenhos a pastel dos cenários dos filmes, para convencer os produtores a investir neles. Recordo-me de ver, num documentário, alguns que fez para o «Ran», do ataque ao castelo, que são absolutamente deslumbrantes. Uma parte desses desenhos (julgo que não terão sido todos) esteve exposta, no final de 2008, início de 2009, em Paris e na altura foi publicado um livro. Ainda não vi o livro, mas pelo que encontrei sobre ele concluí que deve ser muito belo e... muito caro :-)

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  9. Gostava imenso de ver o livro que refere de Kurosawa. Gostei muito de conhecer os seus desenhos.
    Obrigada!:)

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