Raposas


9 comentários:

  1. Magnífico, no seu intimismo e beleza, e com aquele peso, transmitido, que têm (aparentemente)as coisas sérias da infância.
    A fotografia também é excelente. Obrigado.

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  2. Que beleza!
    A beleza que Kurosawa transmite em todas as suas telas cinematográficas. A majestosidade e elegância mas confesso que a história me preocupou!

    Não sei se entendi a mensagem do emissor. O que entendi é que não se pode espreitar os mistérios...
    A solução restará na busca do perdão ou no arakiri(?)...a morte.
    A curiosidade do rapaz é louvável porquê o castigo?
    Não vi o filme e parece-me estranha a recepção que fiz da história, tendo em conta o Kurosawa que é um realizador das minhas escolhas.
    É, no entanto, sublime o filme que vi e devo dizer-lhe que o meu gato, que está na minha secretária, ao pé do portátil também gostou do bailado na floresta.
    Estou um pouco em branco... não devemos procurar decifrar os enigmas?

    Obrigada pelo ambiente oriental, o silêncio e o som da natureza.

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  3. Para APS: Julgo que este é uma das últimas obras de Kurosawa (talvez mesmo a última), filmada tinha ele 90 anos, talvez a idade em que melhor se compreende a infância. E a cenografia é, efectivamente, muito bela. Lembro-me de ter visto, num documentário, as fantásticas «storyboard» que fazia para cada filme, e que deixavam perceber o extraordinário pintor que era. Neste filme este aspecto está bem presente.
    Aproveito para lhe pedir que não estranhe a minha ausência nos próximos dias. É provável que não consiga voltar aqui até ao próximo fim de semana e por isso aproveito para deixar uma saudação especial. Até lá.

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  4. Para Ana: Imaginei que iria gostar deste :-)
    Quanto à história, julgo que a nossa estranheza se prende ao facto de no Japão a honra ter um peso diferente... Ainda não consegui ver o filme todo de uma vez, e talvez por isso ainda consegui entender bem as referências que permitem contextualizar a história. Talvez o nosso homem no Japão, o NanBanJin, apareça por aí e nos ajude.
    No outro dia encontrei no blog dele um post muito interessante sobre um realizador japonês que não conhecia. Refiro-me a este:
    http://ultimonanbanjin.blogspot.com/2010/02/capitulos-omissos-ii-quem-tem-medo-de.html

    Como acima refiro, vou estar ausente uns dias, mas voltarei! Até lá. :-)

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  5. corrijo: ...ainda NÃO consegui entender bem as referências...

    Obrigado, APS! Errâncias a que o ofício me obriga...

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  6. Venho do Japão e agradeço-lhe a referência. Estive a pensar nas Raposas e li depois o título "Sonhos". Kurosawa realizou os "Sonhos" com 90 anos, e os sonhos são sempre surrealistas e incompreensíveis. Porém, em Kurosawa há uma linha pura e simples que esconde a complexidade. Pensei então, que estes sonhos são o regresso à infância na hora da despedida, o jovem curioso, foi mais além do que devia e chegou a hora de ajustar contas consigo mesmo, para lá do arco-iris,a morte ou a vida mas é de certeza a morte que, no fim de contas, para ele estava perto. Talvez tenha sido a viagem dele pela sua infância e vida. E não há dúvida que ele foi um pintor cinematográfico.
    Obrigada por me fazer reflectir sobre a vida, a morte, a beleza, a cerimónia, os rituais...Enfim, obrigada pela beleza.
    Desculpe os longos comentários.

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  7. Yume (夢) (Brasil/Portugal: Sonhos) é um filme japonês e estadunidense de 1990, baseado em sonhos verdadeiros que o cineasta Akira Kurosawa teve em momentos diferentes de sua vida. O filme é mais baseado em imagens do que no diálogo, e divide-se em oito histórias distintas, mas unidas pelo mesmo tema. Sonhos foi indicado ao Óscar de Melhor Fotografia.
    Muito bem escolhido - parabéns

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