Mostrar mensagens com a etiqueta Joan Margarit. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Joan Margarit. Mostrar todas as mensagens

09/10/11

Cidadãos

Venho de um tempo mais frio. Antes da alba, 
caminhos gelados levavam sombras caladas
aos janelões sujos das fábricas. 
Hoje, aquelas sombras do passado
que ensurdeceram o mundo com os seus cantos
olham de dentro de mim. Nada percebem.
Contemplam, opulenta, uma miséria
que nem sabe que é miséria.
É o final de um sonho. É o momento
de democratizar a arte. Nenhuma árvore alta.
Espantosamente ricos e, por isso,
espantosamente pobres.  

Joan Margarit, Casa da Misericórdia,
Rita Custódio e Àlex Tarradelas (trad.), ovni, p.39


Pantha rei

  Nenhum homem consegue banhar-se duas vezes no mesmo rio .  Porque não é o mesmo homem, nem é o mesmo rio. Tudo flui.    Heraclito, em vers...