Ante o frio, faz com o coração o contrário do que fazes com o corpo: despe-o. Quanto mais nu, mais ele encontrará o único agasalho possível - um outro coração.
esse livro do Mia Couto é um espanto. Esse e o "Mar me quer". Tenho um texto sobre eles aqui: http://www.triplov.org/letras/teresa_sa_couto/mia_couto.htm
espero que goste :)
Sendo esta maré de "recados", dê, se tiver pachorra, uma vista de olhos neste adágio: http://adagioss.blogspot.com/2009/08/adagio-em-g-menor-de-albinoni-numa.html
«A Chuva Pasmada» é um espanto de livro e o seu texto faz-lhe inteira justiça. Quem não tiver lido fica com vontade de ler. Gostei muito! :-)
Lembro-me que o «Estórias abensonhadas» foi o primeiro livro do Mia Couto que li, por recomendação de alguém com idade para ser meu filho [o que me pareceu notável], e fiquei deslumbrado. Pouco tempo depois estive uma semana em Maputo e foi outro deslumbramento, não tanto pelo terra [que é lindíssima] mas sobretudo pelas pessoas, pela inusitada sensação de estar numa terra onde há muito mais futuro que passado, a sensação de princípio do mundo. Depois de lá ter ido percebi que é uma felicidade para nós, portugueses, o português ainda ser a língua oficial de Moçambique. O povo é sonhador, a escrita do Mia Couto é a prova disso.
Sei que não é resposta que se espera de mim, mas já não me lembro qual foi a minha primeira leitura de Mia. Li vários livros dele, e nos últimos anos, escrito sobre todas os novos (tenho 2 textos no blogue). Sei que comecei por romance, passei aos contos e foi uma felicidade quando descobri o «Raiz de Orvalho e outros poemas», o primeiro dos dois livros de poesia que tem editados. O Jesusalém ainda não li, nem a Caminho mo enviou. Nem fui à apresentação, na Leya... Pedi-lo-ei antes do Natal.
Não conheço Moçambique, mas conhecerei, seguramente. Há cerca de 20 anos, no final do meu curso, tive convite para leccionar na Universidade de Maputo; todavia, o contrato de vínculo era 4 anos, achei muito, receei e não aceitei. Hoje iria, pois claro :)
Contribuo com um poema:
Árvore
cego de ser raiz
imóvel de me ascender caule
múltiplo de ser folha
aprendo a ser árvore enquanto iludo a morte na folha tombada do tempo
in Raiz de Orvalho e outros poemas, p.59, 3ªedição, 1999
esse livro do Mia Couto é um espanto. Esse e o "Mar me quer". Tenho um texto sobre eles aqui: http://www.triplov.org/letras/teresa_sa_couto/mia_couto.htm
ResponderEliminarespero que goste :)
Sendo esta maré de "recados", dê, se tiver pachorra, uma vista de olhos neste adágio: http://adagioss.blogspot.com/2009/08/adagio-em-g-menor-de-albinoni-numa.html
Um abraço
TSC
«A Chuva Pasmada» é um espanto de livro e o seu texto faz-lhe inteira justiça. Quem não tiver lido fica com vontade de ler. Gostei muito! :-)
ResponderEliminarLembro-me que o «Estórias abensonhadas» foi o primeiro livro do Mia Couto que li, por recomendação de alguém com idade para ser meu filho [o que me pareceu notável], e fiquei deslumbrado. Pouco tempo depois estive uma semana em Maputo e foi outro deslumbramento, não tanto pelo terra [que é lindíssima] mas sobretudo pelas pessoas, pela inusitada sensação de estar numa terra onde há muito mais futuro que passado, a sensação de princípio do mundo. Depois de lá ter ido percebi que é uma felicidade para nós, portugueses, o português ainda ser a língua oficial de Moçambique. O povo é sonhador, a escrita do Mia Couto é a prova disso.
Cliquei sem querer no botão errado e o comentário saíu antes de lhe enviar um abraço. Aqui fica.
ResponderEliminarQuanto à sua nova «Casa», já lá fui deixar um pequeno «recado» que, no essencial, se resume a uma palavra: adorei! :-)
Sei que não é resposta que se espera de mim, mas já não me lembro qual foi a minha primeira leitura de Mia. Li vários livros dele, e nos últimos anos, escrito sobre todas os novos (tenho 2 textos no blogue). Sei que comecei por romance, passei aos contos e foi uma felicidade quando descobri o «Raiz de Orvalho e outros poemas», o primeiro dos dois livros de poesia que tem editados. O Jesusalém ainda não li, nem a Caminho mo enviou. Nem fui à apresentação, na Leya...
ResponderEliminarPedi-lo-ei antes do Natal.
Não conheço Moçambique, mas conhecerei, seguramente. Há cerca de 20 anos, no final do meu curso, tive convite para leccionar na Universidade de Maputo; todavia, o contrato de vínculo era 4 anos, achei muito, receei e não aceitei. Hoje iria, pois claro :)
Contribuo com um poema:
Árvore
cego
de ser raiz
imóvel
de me ascender caule
múltiplo
de ser folha
aprendo
a ser árvore
enquanto
iludo a morte
na folha tombada do tempo
in Raiz de Orvalho e outros poemas, p.59, 3ªedição, 1999
Respondi ao "recado" na novíssima casa.
ResponderEliminarUm abraço (também me esqueci :)) )
TSC