19/12/09
18/12/09
17/12/09
Talvez...
«Talvez eu pudesse ter dado a quem nos lê um excerto do teu passado mas não o fiz, como uma fotografia que se retira da sala porque o fotografado morreu ou deixou de existir no nosso coração e ele nota que o mataram porque deixou de estar ali e matamo-lo assim mesmo aos olhos de quem estiver e ele que veja porque os mortos não têm olhos para ver que os mataram, a minha fotografia estava ali e já não está e eu finjo que não dói fazendo de conta que não vi e estavam tão contentes quando disseram «olha, querido, tu ali!» e eu tão feliz.
Mas não te dei, Manuela, e és agora uma sombra, ténue, inerte, pouco mais és, Manuela, enquanto personagem deste livro que a tua função, não tens mais biografia do que o que fazes como sobrevivência e este acanhado lugar onde a exerces, não há mais pessoa em ti do que o emprego, nem mais mulher porque não há ninguém para quem o ser».
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Ir com a mudança
"Tens de ir com a mudança, foi o que ele me disse. Ninguém mais ouviu, mas o John disse, de facto, para eu ir com a mudança". Joa...
-
BY ARTHUR O'SHAUGHNESSY We are the music-makers, And we are the dreamers of dreams, Wandering by lone sea-breakers And sitt...
-
Quando considero a minha vida fico apavorado ao achá-la informe. A existência dos heróis, aquela que nos contam, é simples: vai direita ao ...
-
foto respigada aqui 176 Na era Jôkio, durante a oitava lua, deixei a minha modesta casa junto ao rio. O vento era muito frio. O ...