A memória

Não envenenem mais
o peso
das coisas sem idade.

Deixem-nas
amorosamente repousadas,
levemente esquecidas,
levemente lembradas

- um lago calmo
de águas densas e paradas.

(1965-2010)

Alberto Soares, in «Arpose»



Ingmar Bergman, Saraband, 2003

6 comentários:

  1. Ora aqui está uma combinação exemplar.
    Já disse no Arpose que acho o poema lindo. Quanto a Saraband é um dos poucos filmes de Bergman que revi. Aliás, vi-o duas vezes no cinema, quando estreeou. Magnífico!

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  2. O poema é lindo, MR, e eu não resisti à tentação de o surripiar para a minha «arca»... Fico aliviado por saber que pelo menos uma voz defende a minha absolvição ... :-))

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  3. Poema lindíssimo que eu não conhecia! Quanto ao filme, fui a Lisboa ver o filme, porque não pasava aqui no Porto por ser digital, depois comprei o filme. Sou uma incondicional de Ingmar Bergman, com os filmes dele aprendi muito.
    Um abraço,
    Manuela

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  4. Inteiramente de acordo, Manuela, relativamente aos dois aspectos.
    Grato pela visita. Um abraço.

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  5. Um "nihil obstat", muito reconhecido,pela sua gentileza e sensibilidade.
    Alberto Soares

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