Nonagésimo dia que não fosse
e como sê-lo ainda cantilena
doce nos ouvidos vento insone
ó maravilha sobreposta amena
por tanta cela amarga no regresso
de cada ramo tenro. Este arredio
pássaro preso de quantas breves sílabas
cortantes a moverem-se de exílio.
Ou na sombra repete como ver-te
concertina da noite quase cega
à minha voz e só para contigo
essa música nova que se abria
ó toda toda feita de sossego
por sobre o coração fundo e ferido.
e como sê-lo ainda cantilena
doce nos ouvidos vento insone
ó maravilha sobreposta amena
por tanta cela amarga no regresso
de cada ramo tenro. Este arredio
pássaro preso de quantas breves sílabas
cortantes a moverem-se de exílio.
Ou na sombra repete como ver-te
concertina da noite quase cega
à minha voz e só para contigo
essa música nova que se abria
ó toda toda feita de sossego
por sobre o coração fundo e ferido.
Alberto Soares, Escrito para a noite, INCM, p.41
Soube-me bem. Obrigado.
ResponderEliminar...E a mim também. Obrigado. ☺
ResponderEliminarTenho uma muito especial predilecção por este poeta, APS. O prazer é meu.
ResponderEliminarMeu Caro NanBanJin, é um prazer encontrá-lo por aqui. Um grande abraço.
bacana o seu blog !
ResponderEliminarvoltarei sempre aqui!
abraços !
Obrigado, Moisés Poeta! Abraços para si tb
ResponderEliminarTambém gostei deste acompanhamento de Dave Brubeck.
ResponderEliminarQueria eu dizer da conjugação entre o poema e a música.
ResponderEliminarObrigado, MR! :-)
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