Hysteria



«As she laughed I was aware of becoming involved in her laughter and being part of it, until her teeth were only accidental stars with a talent for squad-drill. I was drawn in by short gasps, inhaled at each momentary recovery, lost finally in the dark caverns of her throat, bruised by the ripple of unseen muscles. An elderly waiter with trembling hands was hurriedly spreading a pink and white checked cloth over the rusty green iron table, saying: “If the lady and gentleman wish to take their tea in the garden, if the lady and gentleman wish to take their tea in the garden…” I decided that if the shaking of her breasts could be stopped, some of the fragments of the afternoon might be collected, and I concentrated my attention with careful subtlety to this end.»

[T. S. Eliot, Prufrock and Other Observations, 1917]

8 comentários:

  1. Belíssimo! Conheço alguma coisa dele mas ainda tenho muito para conhecer. Ouvi-o há dias no Youtube quando procurava declamações de John Keats.

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  2. Eu vi o seu post sobre o Keats e exactamente por isso dei com este vídeo.E resolvi visioná-lo porque li há uns dias um post sobre o Eliot, no «Arpose». Como se vê, o mundo é pequeno... :-)))

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  3. ... mais precisamente, este magnífico post:

    http://arpose.blogspot.com/2010/02/sobre-criacao-em-poesia.html

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  4. Não sou grande conhecedor da poesia de T.S. Eliot, embora conheça razoavelmente os ensaios dele que são o que mais gosto da obra dele.
    Dito isto e não o querendo incomodar, ao ouvir a leitura de "Hysteria" pareceu-me reconhecer a voz do Auden (cava, grave e profunda). Não é impossível, porque Auden fazia muitas leituras públicas de poemas dele próprio e de outros poetas ingleses e americanos. Se for a voz do Auden, o erro é do Youtube que não sinalizou o facto.Entretanto, se quiser comparar, abrindo o Youtube na 1ªpg. do Eliot,na 4ªposição, poderá ouvi-lo a dizer "The Love Song..." que demora cerca de 8 minutos. A voz é menos grave e mais ligeira. Não é uma certeza da minha parte, é apenas uma dúvida que me ficou.
    E achei que lhe devia dizer.
    Uma boa noite!

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  5. O que me prendeu ao poema foi a circunstância de ter visto nele um exemplo claro da ideia exposta no ensaio, citada no seu post e que, por ser muito impressiva, guardei. [Gosto muito de ensaios. Houve um tempo em que não conseguia ler mais nada, ainda estou para perceber bem porquê...]
    Vou ouvir a gravação que refere (hoje já não, porque amanhã começo a trabalhar cedo). Obrigado por me dizer. E não incomoda nunca. É sempre um prazer.
    Uma boa noite também para si!

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  6. Caro c. a.:
    Deixei-lhe um comentário no Bloom, no "sítio do costume",mas renovo e reforço desde já a minha ideia de que acho que "Hysteria" se aplica exactamente ao que Eliot disse no ensaio. Como aliás V. notou.O meu "post" de Bloom com "envoi" para si é, no fundo, um seguimento, a partir dessa concordância mútua inicial.

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  7. Grato, APS. Li e respondi.

    Encontrei o perfil do Tom O'Bedlam - a pessoa que colocou este vídeo no Youtube - e cheguei à conclusão que a voz não é do Auden, mas sim do próprio. P.f. verifique aqui:
    http://www.youtube.com/user/SpokenVerse

    É necessário ir descendo na página, até encontrar o perfil, do lado esquerdo. Começa assim: «I read at least one poem or story each day on average. The only voice here is mine.(...)»

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