O que depois se passou, nem o vi, nem o digo.
Mas não são vãs as artes de Calcas.
Aos que sofreram concede a Justiça
que fiquem a saber. O futuro
o ouvirás, quando surgir. Antes disso, esqueçamo-lo,
que o mesmo vale que começar logo a gemer.
Virá claramente com a luz que o vir nascer.
Seja bem sucedida, depois disto, a acção,
como desejada essa fortaleza,
reduto último e mais próximo da terra de Ápis!
Baquílides, Agamémnon, 248-257,
in Hélade - Antologia da Cultura Grega, organização e tradução de Maria Helena da Rocha Pereira, Guimarães Editores, p.227
Fez-me ter vontade de procurar esta Antologia.
ResponderEliminarO futuro "Virá claramente com a luz que o vir nascer".
Belíssimo!
É uma Antologia magnífica. Recomendo vivamente.
ResponderEliminarEstive a pensar neste poema e serviu-me de lição contra uma certa amargura/nostalgia sobre a democracia, os caminhos do 25 de Abril, as comemorações do centenário da República e a minha necessidade de ser crítica. Louvo este poema de esperança para um herói da guerra de Tróia.
ResponderEliminarTemos que louvar as vitórias mesmo que o tempo apague a essência. Desculpe esta reflexão mas foi o melhor discurso do 25 de Abril que hoje li.
Temos de aprender a viver no presente e a fazer dele o melhor que nos é possível. Julgo que é a única forma de praticar a esperança.
ResponderEliminarObrigado, Ana.