06/06/25

A medida humana

Vais
atravessando o dia
(ousando tocar as coisas) a polpa
dos dedos pesando
o que é árduo
do que é suave. Vais por necessidade
(recolectando imagens)
entregando pensamento a
coisas
elementares. Tudo flui neste lugar
(alegria
estilhaços) a singular claridade com
que medimos os factos:
aquilo em que o mundo é forte daquilo
em que o mundo
é fraco.

João Luís Barreto Guimarães, "Claridade", Quetzal, p.14

A mão invisível do vento roça por cima das ervas. [ À la manière de A. Caeiro ]

A mão  A  A mão invisível do vento roça por cima das ervas. Quando se solta, saltam nos intervalos do verde Papoilas rubras, amarelos malmeq...