30/09/25

Criação

 





Esta dura crueza de navio
à deriva, seguindo a tempestade,
aguarda essa palavra que inicia
todo um começo sem saber o fim.

Dum silêncio nocturno vem a lume
a força, e um caroço se liberta
de mim, como de um fruto que apodrece
sem saber - por dentro.

Alberto Soares (poema respigado aqui)Alan Villiers (foto)

2 comentários:

  1. Muito grata e amiga lembrança - obrigado!

    ResponderEliminar
  2. Eu é que agradeço. Finalmente tenho um poema que exprime o que sinto quando olho a imagem. Ando nesta viagem há muito tempo...

    ResponderEliminar

Vento Frio e Som

Ir para onde à tarde a lua nasce Sobre o afastamento da terra Deixar o ajuntamento e o som da fala E subir à aspereza expectante da noite Um...