Ir para onde à tarde a lua nasce
Sobre o afastamento da terra
Deixar o ajuntamento e o som da fala
E subir à aspereza expectante da noite
Um grito cruzará o desfiladeiro,
A vertente que o traz, quebrará
Sobre quem era e fora - cascavel -
Caindo na secura do sopé inverso
Uma intenção: reencontrar-se
Progredindo para longe de si
Afastando-se do som difuso
Da controversa substância da pele
Ficar da ver súbito o panorama
A subida da águia ao shaligrama
Aprender com os ventos chiando
Ascendentes como bravos pioneiros
Não haver então ninguém: só falésia
Rumor de regozijo inexprimível
E medo fóssil pervasivo industrioso
E deus bramando sobre a pedra
Daniel Jonas, "Idade da Pedra", Assírio e Alvim, p.12
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