«Gosto das pessoas como elas são e dá-me imenso prazer - cada vez mais - ser agradável e gostar de quem não vale grande coisa. De outra forma sentir-me-ia muito só neste mundo.»
Agustina Bessa-Luís, Dicionário Imperfeito, Guimarães Editores, p.218
(...) The true aristocracy and the true proletariat of the world are both in understanding with tragedy. To them it is the fundamental prin...
Nem mais. Porque dos grandes e virtuosos é fácil gostar.
ResponderEliminarTambém eu, C.A., cada vez mais. Até porque são raros os que não respondem a simpatia com simpatia, afabilidade com afabilidade... E essa resposta vai sendo, também ela, cada vez mais importante. :-)
ResponderEliminarGostar de quem não vale grande coisa...é sempre muito subjectivo!?...
ResponderEliminarManuela
Para Luis Barata: em abstracto tendo a concordar consigo, mas depois penso em Ghandi, por exemplo, e lembro-me que foi assassinado, o que, aliás, aconteceu à larga maioria dos grandes e virtuosos que passaram por este planeta. Por isso hesito... Grato pela visita.
ResponderEliminarPara Luísa: inteiramente de acordo consigo. Várias vezes constatei que é muito mais difícil ser antipático e tratar mal alguém, que se recusa a retribuir na mesma moeda, que mudar de atitude e passar a ser simpático também. Aliás, e pelo que tenho lido, não tenho dúvida em afirmar que esta é mais uma das muitas artes que a Luísa domina na perfeição. Obrigado pela visita. É sempre um prazer conversar consigo :-)
Para Manuela Freitas: tem razão, o «não valer grande coisa» é, de facto, um conceito muito subjectivo, mas creio que não pode deixar de ser assim, uma vez que gostar de alguém também é... Julgo que a dificuldade principal está na primeira parte da frase: «gosto das pessoas como elas são», isto é, aceito a sua natureza, não procuro modificá-la, renuncio à tentação de querer que seja perfeita. Julgo que será mais por aí que se alcança o sentido da mensagem de Agustina.
Já agora, aproveito para lhe manifestar a minha satisfação pelo facto de voltar a encontrá-la pela blogosfera. Espero que os problemas de saúde que recentemente enfrentou estejam completamente ultrapassados. Aqui fica o meu abraço solidário.
«De outra forma sentir-me-ia muito só neste mundo.». A ironia de Agustina! :)))
ResponderEliminarBeijinhos
T.
Exactamente, T. , a magnífica ironia da escrita de Agustina!
ResponderEliminarE seja bem «aparecida». Já tinha saudades suas! :-)
Beijinhos