a esta cantiga velha:
Falso cavaleiro ingrato,
enganais-me:
vós dizeis que eu vos mato,
e vós matais-me.
enganais-me:
vós dizeis que eu vos mato,
e vós matais-me.
VOLTAS
Costumadas artes são
para enganar inocências,
piadosas aparências
sobre isento coração.
Eu vos amo, e vós, ingrato,
magoais-me,
dizendo que eu vos mato,
e vós matais-me.
Vede agora qual de nós
anda mais perto do fim,
que a justiça faz-se em mim
e o pregão diz que sois vós.
Quando mais verdade trato,
levantais-me
que vos desamo e vos mato,
e vós matais-me.
Mais uma variação de "Transforma-se o amador na coisa amada..." e, como quase todas as de Camões - perfeita.
ResponderEliminarTem razão. Fui à procura do «Sobre os rios que vão de Babilónia a Sião...» (por causa da ideia de ler o conto de Jorge de Sena, que ainda vou ter de procurar) e encontrei esta «cantiga», que não conhecia, e me fez lembrar as cantigas d'amigo.
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