A gente nipónica é inteligente, alegre, volúvel, dissipadora; profundamente sensível às belezas naturais; pouco inventiva, mas dotada de admiráveis aptidões para adoptar os progressos estranhos, de indústria, de arte, de ciência, elevando-os a um alto grau de originalidade, à força de transformá-los. E pouco mais se respiga do enigma moral deste povo, em que é justo supor-se, pelo absoluto recolhimento em que se formou e em que viveu, segredos de alma insondáveis.
Wenceslau de Moraes, Traços do Extremo Oriente, Círculo de Leitores, p. 135