Pranto pelo dia de hoje
Nunca choraremos bastante quando vemos
O gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
Que quem ousa lutar é destruído
Por troças por insídias por venenos
E por outras maneiras que sabemos
Tão sábias tão subtis e tão peritas
Que não podem sequer ser bem descritas.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Antologia,
Círculo de Poesia - Moraes Editores, p.191
É sempre bom (e útil) recordar.
ResponderEliminarGostei destas memórias que nos levam a valorizar a democracia e a repudiar quem põe em causa a criação.
ResponderEliminarObrigada!
Obrigada, APS e Ana. Bom feriado, boa semana!
ResponderEliminarTeu post me fez lembrar da música "Tanto Mar", do Chico Buarque, composta exatamente para homenagear a Revolução dos Cravos, de Abril de 1974 em Portugal. Por aqui pelo Brasil, período da Ditadura Militar na época, a música foi vetada pela censura.
ResponderEliminarTANTO MAR (Letra da primeira versão)
Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim.
(Chico Buarque)
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Pois é, é sempre bom relembrar a história dos que tiveram a coragem de romper com as injustiças. Portugal deve mesmo re-lembrar o que representou o dia 25 de abril de 1974.
Um abraço,
Genny
Obrigada, Genny! Lembro-me perfeitamente dessa bela canção de Chico Buarque, da qual existe uma 2.ª versão que começa com um «Foi bonita a festa, pá...»
ResponderEliminarhttp://youtu.be/WN311lTkgf8
Um abraço
c.a.
Estou te conhecendo hoje, vim pelo blog o nosso amigo Rangel, e estou adorando. Virei mais vezes, posso?
ResponderEliminarParabéns pelo conteúdo e organização do Blog...
ResponderEliminarabraços
A casa é sua Armalu :-)
ResponderEliminarObrigada, Eduardo. Abraços
Também gostei desta evocação. :)
ResponderEliminarObrigada, MR :-)
ResponderEliminarA propósito de Sophia, estive ontem na Biblioteca, na exposição. Fiquei fascinada pela carta de Agustina...
Já não vinha aqui há algum tempo. Tem razão, c.a. Quem diria que 37 anos depois iríamos ter tantos motivos para fazer um pranto. Mas as imagens compensam um pouco. E Abril é quando um homem quiser. :)
ResponderEliminarNem mais! :-)
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