Vibram sílabas ao vento e os cabelos
brancos esvoaçam como aves fustigadas,
frágeis e furtivas
para sul.
Águas rompem de um incerto futuro
como as pedras ficam
quietas para sempre, conformadas
no infinito.
Sobe da terra um bafo morno,
materno, cada vez mais frio,
e a morte é a grande abstracção
depois da noite maior.
Gostei da sinestesia. Ainda para mais, o Wagner era Gémeos..:-)
ResponderEliminarObrigado, c.a..
Eu também, apesar de, no geral, não gostar de Wagner.
ResponderEliminarO poema é muito bonito e retrata bem o Outono, a queda das folhas, a morte lenta, a despedida e o despir da roupagem antes de renascer!
ResponderEliminarTem razão, APS, publicar um poema é um desejo de partilha e este eu tinha de partilhar porque gostei muito. Obrigada.
ResponderEliminarPara MR: é curioso, também não sou especial apreciadora da música de Wagner mas gosto muito desta e pareceu-me que ficava bem aqui. Ainda bem que não sou a única! :-)
ResponderEliminarInteiramente de acordo, Ana. Este é, de facto, um belo poema. Obrigada e boa semana! :-)
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