Há o tempo de nascer e o tempo de morrer;
o tempo de plantar e o tempo de arrancar;
o tempo de matar e o tempo de curar;
o tempo de destruir e o tempo de construir;
o tempo de chorar e o tempo de rir;
o tempo de estar de luto e o tempo de dançar;
o tempo de atirar pedras e o tempo de as juntar;
o tempo de se abraçar e o tempo de se afastar;
o tempo de procurar e o tempo de perder;
o tempo de guardar e o tempo de deitar fora;
o tempo de rasgar e o tempo de coser;
o tempo de calar e o tempo de falar;
o tempo de amar e o tempo de odiar;
o tempo da guerra e o tempo da paz.
Que resultado tira cada um dos seus próprios trabalhos e canseiras? Deus destinou aos homens uma tarefa bem pesada, que eles têm de suportar.»
[Eclesiastes, 3,5 - 4,1, «a Bíblia para todos - edição literária», Círculo dos Leitores, p.1417-1418]
«Quando um homem medita nos objectos
dos sentidos, desperta o seu apego;
e, do apego, eis que nasce, então, o desejo;
e, do desejo, é que provém a ira;
e, da ira, provém sempre desilusão;
e, da desilusão, a perda de memória;
e, perdida a memória, esvai-se o intelecto;
e, sem o intelecto, eis que o homem perece.
Mas, se passar plo meio dos objectos
dos sentidos, com todos os seus sentidos livres
d'apego e d'ódio, mente submetida,
senhor de si, há-de ganhar a serenidade.
E, na serenidade, pra ele, não há
mais qualquer espécie d'infortúnio ou d'entrave,
porque, com a consciência em paz imensa,
esse mantém o intelecto inabalável.»
[Vyassa, «Poema do Senhor Bhagavad-Guitá», transcrição, introdução, notas e glossário de António Barahona, Assírio e Alvim, p.89 ]
o tempo da guerra e o tempo da paz.
ResponderEliminarTantos tempos... que cansaço...Para quê isto tudo?
ResponderEliminarEra bom que se pudesse ser/para...
«senhor de si, há-de ganhar a serenidade»
Devaneios juntos com o poema.