Claro que a pergunta é irónica, e retórica. Mas o que mais me perturba é a neutralidade, não só dos poetas, mas dos intelectuais, em geral. Morto Saramago, cuja indignação se manifestava, muitas vezes, nas questões essencias, resta, apenas, Eduardo Lourenço, aliás, grande amigo de E. de A..Quem se lembra dos interventivos intelectuais dos anos 50, 60 e 70? Hoje está tudo acantonado no conforto, ou caladíssimo à espera de prebendas e mordomias...E a sociedade civil portuguesa sempre foi tímida e, a maior parte das vezes,meramente corporativa...
Duplamente irónica, até, tendo em consideração as trapalhadas legais que têm impedido a necessária divulgação da obra de Eugénio Andrade. Quanto à neutralidade dos intelectuais, julgo que estes padecem da mesma «anemia» de ideias que a generalidade dos cidadãos. Vivemos num tempo de interesses, e não de causas, meu Amigo, e o resultado é o que se vê...
Quem disse isto foi a Natália Correia. Ofereçamos então a poesia aos indigentes. Mas falando a sério, acho que as coisas, nesse aspecto interventivo, já terminaram há muito com o desaparecimento de Ary dos Santos e Mário Viegas e mesmo da referida Natália Correia. Na literatura , reitero as palavras de APS, foi mesmo o fim com a morte de Saramago.
Outros aparecerão. Mas há por aí uns fulanos que dizem umas banalidades e a quem é dado "palco", como se agitassem as águas ou tivessem umas ideias muito originais.
Outros aparecerão, sem dúvida. O problema é a mediocridade que se generaliza, e que vai baixando o nível geral. Quando o terreno é mau, as flores não medram...
Claro que a pergunta é irónica, e retórica.
ResponderEliminarMas o que mais me perturba é a neutralidade, não só dos poetas, mas dos intelectuais, em geral. Morto Saramago, cuja indignação se manifestava, muitas vezes, nas questões essencias, resta, apenas, Eduardo Lourenço, aliás, grande amigo de E. de A..Quem se lembra dos interventivos intelectuais dos anos 50, 60 e 70? Hoje está tudo acantonado no conforto, ou caladíssimo à espera de prebendas e mordomias...E a sociedade civil portuguesa sempre foi tímida e, a maior parte das vezes,meramente corporativa...
Duplamente irónica, até, tendo em consideração as trapalhadas legais que têm impedido a necessária divulgação da obra de Eugénio Andrade. Quanto à neutralidade dos intelectuais, julgo que estes padecem da mesma «anemia» de ideias que a generalidade dos cidadãos. Vivemos num tempo de interesses, e não de causas, meu Amigo, e o resultado é o que se vê...
ResponderEliminaró subalimentados do sonho,
ResponderEliminara poesia é para comer.
Quem disse isto foi a Natália Correia.
Ofereçamos então a poesia aos indigentes.
Mas falando a sério, acho que as coisas, nesse aspecto interventivo, já terminaram há muito com o desaparecimento de Ary dos Santos e Mário Viegas e mesmo da referida Natália Correia. Na literatura , reitero as palavras de APS, foi mesmo o fim com a morte de Saramago.
Outros aparecerão.
ResponderEliminarMas há por aí uns fulanos que dizem umas banalidades e a quem é dado "palco", como se agitassem as águas ou tivessem umas ideias muito originais.
Outros aparecerão, sem dúvida. O problema é a mediocridade que se generaliza, e que vai baixando o nível geral. Quando o terreno é mau, as flores não medram...
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